imagem principal desta matéria, que nos mostra a oração conjunta de uma comunidade de católicos sírios, não é atual: foi registrada em Aleppo na Semana Santa de 2019. O que continua atual, mesmo em meio à emergência sanitária mundial que nos atinge, é que os católicos sírios continuam rezando, e não apenas pela sua própria comunidade ainda devastada, mas também por um mundo que enfrenta a guerra do coronavírus e o pesadelo das perdas de vidas amadas num contexto de restrições brutalmente dolorosas. Em especial, eles rezam pela Itália. Eles, que tanto precisam de tudo, ainda encontram forças para oferecer. Que Deus os abençoe e nos abençoe a todos.
O padre franciscano Ibrahim Al Sabbagh exerce grande parte da sua missão sacerdotal na paróquia latina de Aleppo, a segunda cidade mais importante da Síria, capital econômica do país e uma das mais atingidas pela guerra. Entre as ruínas daquela cidade que tenta se reconstruir, o padre Ibrahim tem promovido a oração solidária por todos os italianos durante a literal via crúcis que a Itália tem vivido nesta Quaresma, esmagada por toda a força da pandemia de Covid-19.
“Nós sabemos o que significa não poder mandar as crianças para a escola e ter medo de sair de casa. Em Aleppo, nós experimentamos a solidariedade, a caridade e a ternura de muitos italianos que nos ajudaram durante a guerra. Agora são vocês que estão com problemas, mas é como se o coronavírus tivesse atingido a todos nós: como poderíamos nos esquecer de vocês?”
O sacerdote prossegue com seu próprio testemunho:
“Conheci pessoalmente muitos italianos, nossos amigos e benfeitores. Há mais de duas semanas que ofereço a Missa pela Itália e pelas pessoas afetadas, convidando mais pessoas a rezar por vocês. Como eu poderia não fazer isso? Entre o final de janeiro e o início de fevereiro, estive no seu país e vi a preocupação nos olhos de muitas pessoas. Isso me doeu”.
O poder da oração da Síria pela Itália se manifesta num contexto repleto de dificuldades.
“Infelizmente, os problemas aqui também estão aumentando. Estão surgindo muitas doenças que certamente se devem à guerra. Todos os dias aparecem novos casos excruciantes de câncer, que matam pacientes em poucas semanas. E também doenças cardíacas e vasculares. Por causa da guerra, tudo está poluído: água, leite, comida… Nenhum de nós sabe realmente o que come, não há controle. Se eu olho para a situação com olhos humanos, sou obrigado a dizer: vejo fome, desemprego, doença, não há perspectiva, não há futuro. Como se pode ter esperança numa situação dessas?”
O que a Igreja está fazendo
Para encarar as emergências, a Igreja Católica em Aleppo trabalha em duas frentes:
“A primeira é a da emergência: distribuímos água potável, pacotes de alimentos, damos assistência médica e roupas. Aqui os idosos recebem uma pensão tão baixa que não dá para comprar nem um terço dos medicamentos de que eles precisam, e, no caso dos bebês, as famílias não conseguem pagar nem as fraldas e as fórmulas para bebês.
A segunda frente envolve projetos de microeconomia para reconstruir a cidade. Ajudamos a iniciar 1.200 empresas. É um grande número, considerando que, no mesmo período, [o governo da] província ajudou 5.000. Graças à ajuda de vários engenheiros, reconstruímos 1.500 casas no total, que tinham sofrido danos em diversos níveis de gravidade. O trabalho que ainda temos pela frente é enorme”.
Infelizmente, o pe. Ibrahim precisa acrescentar:
“Pensávamos que tudo estava indo bem, mas agora a crise libanesa causou o bloqueio das contas correntes de muitos sírios empobrecidos e de muitas organizações internacionais. Então a guerra começou de novo”.
Do site Aleteia
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