No universo cada vez mais expandido dos serviços de streaming e emissoras de TV americanas, um objetivo se destaca: revelar novos talentos capazes de brilhar em produções/filmes de grande calibre.
Entre essas revelações, “Riverdale” (2017-2023), da CW, se notabilizou como um verdadeiro celeiro de estrelas emergentes, combinando rostos atraentes com habilidades artísticas notáveis.
Um exemplo emblemático dessa transição é Charles Melton, que, com sua atuação em “Segredos de Um Escândalo” (2023), de Todd Haynes, demonstra um talento que vai além das expectativas, desafiando a percepção inicial do público sobre sua capacidade interpretativa.
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Em um cenário similar, “Upgrade: As Cores do Amor” traz à tona o talento de Camila Mendes, outra estrela de “Riverdale”, que neste filme se destaca em um papel complexo e multifacetado.
Sob a direção de Carlson Young, Mendes protagoniza uma história que, embora inspirada na clássica trama de “O Diabo Veste Prada”, integra elementos de “Quando Encontrei Você”, criando uma fusão original que destaca o dilema ético da personagem principal. A narrativa desafia os arquétipos femininos tradicionais, navegando entre a integridade moral e as ambições pessoais em um equilíbrio delicado.
O filme ainda apresenta Ana Santos, interpretada por Mendes, uma personagem que, à primeira vista, parece deslocada e ingênua, mas cuja profundidade é revelada ao longo da trama.
A direção de Young aproveita a simbologia de “O Cisne — Número 1”, de Hilma af Klint, para tecer paralelos entre a arte e a jornada da protagonista, ilustrando conflitos internos e escolhas difíceis. Este elemento artístico serve como metáfora para os desafios e as transformações que Ana enfrenta, especialmente quando confrontada com a possibilidade de retornar à sua terra natal, a Flórida, sob circunstâncias inesperadas.
A trama se aprofunda quando Ana, em meio a seu estágio em uma prestigiada casa de leilões, se depara com uma situação que testa sua astúcia e ética profissional. A promoção que recebe, fruto de sua perspicácia, a coloca em uma posição de destaque, desencadeando uma série de eventos que a levam a Londres, em uma viagem repleta de descobertas e reviravoltas.
O encontro com William DeLaroche, interpretado por Archie Renaux, adiciona uma camada de romance e complicação à sua história, culminando em um desfecho que mistura comédia, drama e uma pitada de conto de fadas moderno.
“Young e sua equipe conseguem equilibrar os tons variados da narrativa, entregando uma obra que explora os limites entre a verdade e a ficção, a arte e a realidade.
A interação entre os personagens de Mendes e Renaux, junto com as performances de Marisa Tomei e Lena Olin em papéis secundários, enriquece a trama, oferecendo uma visão única sobre o crescimento pessoal, os desafios da vida adulta e a busca por autenticidade em um mundo muitas vezes superficial.
“Upgrade: As Cores do Amor” não só destaca o talento oriundo de “Riverdale” mas também reflete sobre as complexidades das relações humanas através de uma lente artisticamente engajada.
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Fonte: CP
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