Eis que certa vez uma jovem chega para o seu mestre com a seguinte indagação:
– “Mestre, queria lhe perguntar algo: como faço para não me aborrecer com as pessoas? Algumas falam demais, outras são maldosas e invejosas. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas e sofro com as que caluniam”.
– “Viva como as flores”, advertiu o mestre.
– “Mas como? Como é viver como as flores?”, perguntou a jovem.
– “Repare nestas flores” continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim.
“Elas nascem no esterco, enquanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. Não é sábio permitir que os erros e defeitos dos outros a impeçam de ser aquilo que o Universo espera de você”.
Precisamos entender que os defeitos deles, são deles e não seus… Se não são seus, não há razão para aborrecimentos. Exercitar a virtude é rejeitar todo mal que vem de fora
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ISSO É VIVER COMO AS FLORES.
Você não precisa focar nos erros alheios, justificando assim sua insatisfação com a vida e as circunstâncias. Tire a boa parte do adubo que chega até você! Seja uma flor cujo aroma é agradável aos que estão ao seu redor. Exale esse aroma..
Um dos cuidados muito importante que todos precisamos ter é: NÃO BEBER DO VENENO QUE A OUTRA PESSOA PRODUZ. Ou seja, não pegar pra si as provocações, insultos, mau humor, respostas duras etc. Quantas pessoas permitem que os outros determinem seu humor, sem bem estar, sua paz… Basta um olhar, uma palavra, uma atitude e lá vai embora seu dia, e fica remoendo o que a pessoa fez.
Já vi este episódio escrito em vários lugares. Dizem que foi um colunista de um grande jornal que escreveu na sua coluna. Ele foi visitar um amigo e dormiu na casa dele de sábado para domingo. Domingo cedo o amigo o convidou para ir até à banca para pegar o jornal do dia. Ao chegar na banca ele disse:
– Bom dia jornaleiro! Ele na respondeu.
– Por favor, o meu jornal. O jornaleiro pegou o jornal e jogou de qualquer jeito. O amigo pegou o jornal e disse:
– Muito obrigado e tenha um bom domingo. O jornaleiro nada respondeu.
No caminho de volta, o amigo visitante, que estranhou a cena, perguntou:
– Esse jornaleiro é sempre assim, grosso, azedo?
– Sim.
– E por que você continua sendo gentil com ele?
– Porque não permito que ele determine meu agir.
Não temos como controlar as pessoas, o que elas fazem, falam, mas podemos, sim, não permitir que aquilo nos atinja.
Como fazer para não ser atingido pela energia negativa das pessoas, dos ambientes? Primeiro, esteja muito bem com você mesmo, em harmonia com teu ser. alimente-se bem da energia positiva, de uma boa espiritualidade, com meditações diárias. Segundo, afaste-se de pessoas negativas e ambientes nocivos. Use as quatro coisas que o Apóstolo Paulo sugere: o capacete (salvação) para proteger sua cabeça, seus pensamentos; o escudo (fé), para proteger seu peito, a caixa das emoções, o coração; a couraça (justiça) para proteger as outras partes do corpo, em especial seu caminhar para onde queres; a espada (Palavra) para se defender, ou seja, a palavra certa na hora certa e com o conteúdo certo.
Nada que uma pessoa diga jamais vai machucar você.
Conta uma lenda que um velho sábio tido como mestre da paciência era capaz de derrotar qualquer adversário… Certa tarde, um homem sem escrúpulos desafiou o mestre, insultou-o durante o dia, até pedras jogou no mestre. Cuspiu, gritou, mas nada o mestre fez para reagir. No final do dia, o homem exausto desistiu e foi embora. Os discípulos indignados perguntaram como ele suportara. O mestre então respondeu: “Se alguém lhe dá um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente? É claro! A quem tentou entregá-lo”. O mestre continuou: “O mesmo vale para inveja, raiva, insultos… quando não aceitos, continuam pertencendo só a quem carrega… Sua paz interior depende exclusivamente de você! As pessoas, a vida, não podem lhe tirar a calma!”.