Papa Francisco pede que acolhamos avós e avôs solitários

No final do mês passado, o Papa Francisco fez um discurso no Vaticano em nome daqueles que muitas vezes vivem reféns do abandono, do descaso da sociedade e da solidão. “Peço-lhes que não se cansem de proclamar o Evangelho aos avós e aos idosos.” , disse o Papa. “Vão ao encontro deles com o sorriso no rosto e o Evangelho nas mãos. Saiam pelas ruas das paróquias procurando os idosos que vivem sozinhos.”, proclamou o Papa.

O discurso aconteceu em uma recepção aos participantes do primeiro Congresso Internacional da Pastoral dos Idosos, com o tema “A riqueza dos anos”, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

Em sua fala, o pontífice tocou em uma dolorida ferida dessas pessoas, a solidão. “A velhice não é uma doença, mas um privilégio! A solidão pode ser uma doença que pode ser curada com a caridade, a proximidade e o conforto espiritual”, advertiu o Papa.

Francisco ainda destacou que a riqueza dos anos “é riqueza das pessoas, de cada pessoa que tem muitos anos de vida, experiência e história. É o tesouro precioso que toma forma no percurso da vida de cada homem e mulher, qualquer que seja a sua origem, sua proveniência, suas condições econômicas ou sociais. A vida é um dom, e quando é longa é um privilégio, para si e para os outros. Sempre, sempre é assim”.

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O Papa Francisco também reconheceu que “a desorientação social, a indiferença e a rejeição que as nossas sociedades têm pelos idosos, chamam não apenas a Igreja, mas todos a uma reflexão séria a fim de aprender a acolher e apreciar o valor da velhice”.

O Pontífice explicou que “a longevidade na Bíblia é uma bênção”, porque ajuda “a confrontar-nos com a nossa fragilidade, com a dependência recíproca, com os nossos laços familiares e comunitários, mas sobretudo com a nossa filiação divina”.

O Papa Francisco também reforçou que os avós “são o elo indispensável na educação das crianças e dos jovens na fé”, pois atualmente, “nas sociedades secularizadas de muitos países, as gerações atuais de pais não têm, na sua maioria, a formação cristã e a fé viva que os avós podem transmitir aos seus netos”.

“Eles são o elo indispensável na educação das crianças e dos jovens na fé. Devemos nos acostumar a incluí-los em nossos horizontes pastorais e a considerá-los como uma das componentes vitais de nossas comunidades. Eles não são apenas pessoas que somos chamados a ajudar e a proteger, mas podem ser protagonistas de uma pastoral evangelizadora, testemunhas privilegiadas do amor fiel de Deus”, ressaltou o Papa.

Fonte: Conti outra






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