Unir poesia e música é uma tarefa grandiosa, que muito nos eleva enquanto seres ouvintes e pensantes.
Como podemos observar no vídeo abaixo, ficou belíssima a canção criada em cima do soneto de Florbela Espanca, sensível poetisa portuguesa cuja força e a intensidade se faz notar logo nos primeiros versos.
Escolhemos o vídeo em que a música é cantada por Fagner e Zeca Baleiro.
“Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !
Não vejo nada assim enlouquecida …
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa …”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim!
Florbela Espanca”
A Revista Pazes apoia as medidas sociais de isolamento.
Se puder, fique em casa. Evite aglomerações. Use máscara.
Quando chegar a sua vez, vacine-se.
A vida agradece!