Tolerar significa suportar, aceitar. Para tolerar preciso desenvolver a flexibilidade, a condescendência, a aceitação.
Isto é fácil?
A Programação Neurolinguística (PNL) tem como um dos seus pressupostos básicos o seguinte: O meu mapa não é o território. Compreender que cada um vê o mundo de acordo com sua realidade interna. Para compreender, aceitar, tolerar o modo, o pensar, o agir do outro, preciso “colocar o seu sapato”, ou seja, colocar-me no lugar do outro e ver a partir do seu mapa interno. Aí vamos perceber que a pessoa tem toda a razão.
De fato, não é fácil a convivência com quem pensa diferente. Mas certas práticas ou a aquisição de certas virtudes, como essa da tolerância ou da flexibilidade facilitam em muito a boa convivência social.
A ONU considerou a tolerância tão importante para a paz mundial que criou o Dia Internacional da Tolerância: 16 de novembro. Isto devido às intolerâncias no campo religioso. Por sinal, dois campos onde mais se carece de tolerância é mesmo no campo religioso e no campo político. A melhor atitude de tolerância no campo religioso é você admitir que a possibilidade de salvação existe fora daquilo em que você acredita como único caminho. Salva-se o quem segue sua consciência e não uma religião.
Foi o filósofo Espinosa quem primeiro defendeu a tolerância com argumentos objetivos, mostrando que a violência e a imposição não podem promover a fé.
Tolerar é suportar e o Apóstolo Paulo fala isto mesmo: “Suportai-vos uns aos outros”. Deixar o outro ser outro. Isto não significa que não tenho responsabilidade diante do agir das pessoas. Jesus mesmo pede para corrigir o irmão. A Bíblia pede aos pais para corrigirem os filhos. Suportar ou tolerar não quer dizer omitir-se.
Sem sombra de dúvida que tolerar é permitir que o outro seja outro, que pense diferente. Saber conviver pacificamente com aquele que pensa diferente no campo religioso e político é, sem dúvida, um dos maiores desafios do mundo atual.
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