Quando se fala em ícones do cinema brasileiro, é impossível não destacar Sônia Braga.
Com uma carreira que atravessou fronteiras e décadas, a atriz conseguiu, através de sua expressividade e carisma, marcar não apenas o público brasileiro, mas também internacional.
Em uma celebração de sua trajetória, destacamos 3 filmes essenciais que exemplificam seu talento e a tornaram uma referência na indústria.
Dirigido por Bruno Barreto, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” é baseado na obra de Jorge Amado e foi um fenômeno de bilheteria no Brasil. Sônia Braga interpreta Florípedes, mais conhecida como Dona Flor, uma professora de culinária que fica viúva de um marido boêmio e mulherengo, interpretado por José Wilker. A vida de Dona Flor toma um rumo inesperado quando ela se casa novamente com um farmacêutico extremamente respeitável e aborrecidamente previsível, vivido por Mauro Mendonça.
O conflito surge com o retorno do primeiro marido de Dona Flor, agora um espírito, que a deixa dividida entre o amor e o desejo. Este filme não apenas consolidou a imagem de Sônia Braga como uma das principais estrelas do cinema nacional, mas também trouxe uma mistura irresistível de humor, sensualidade e drama, características marcantes de sua filmografia.
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Este filme é um marco não apenas na carreira de Sônia Braga, mas também no cinema latino-americano. Dirigido por Hector Babenco e baseado no romance de Manuel Puig, “O Beijo da Mulher Aranha” narra a história de dois prisioneiros em uma cela argentina, vividos por William Hurt e Raúl Juliá, que compartilham sonhos, histórias e desejos num contexto de repressão política.
Sônia Braga aparece em três papéis secundários dentro das fantasias e relatos de um dos personagens, mostrando sua versatilidade e profundidade como atriz. Hurt ganhou o Oscar de Melhor Ator por sua atuação, consolidando o filme como uma obra-prima do drama carcerário.
Décadas após seus primeiros sucessos, Sônia Braga retornou ao centro das atenções com “Aquarius”, dirigido por Kleber Mendonça Filho. Neste filme, ela interpreta Clara, uma crítica de música aposentada e viúva que vive no Recife. Clara enfrenta uma batalha contra uma empresa de construção que deseja demolir o edifício Aquarius e construir um novo empreendimento.
A resistência de Clara se torna um poderoso símbolo de luta contra a gentrificação e a perda da identidade cultural. “Aquarius” é um retrato intenso de resistência, memória e resiliência, elementos que Sônia Braga transmite com uma atuação sublime, destacando-se em uma das performances mais poderosas de sua carreira.
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