Por Maria José Roldan
Parece que nós, mães, temos um gene de sacrifício dentro do nosso corpo, exigimos muito de nós mesmas. Parece que o sofrimento, o esgotamento emocional por tempo integral é normal quando você é uma mãe … Sofrer da síndrome de burnout é compreensível, algo socialmente aceitável para ser ‘boa mãe’. Mas, claro, uma boa mãe, além de estar emocionalmente e fisicamente exaurida, deve ter sempre um sorriso no rosto.
A síndrome de burnout é a resposta do corpo quando ele foi submetido por um período muito longo de estresse intenso, sem descanso. Não é algo que afeta somente mães, pode afetar qualquer pessoa que trabalha em situações de alto estresse, como assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, operadores de telemarketing, etc. Eles também podem sofrer isso.
A mãe pode sentir síndrome de burnout muito intensamente com sintomas psicossomáticos onde a dor emocional e dor física estão na ordem do dia. Uma mãe com esta síndrome se sente oprimida e cansada o tempo todo. Além disso, você vai se sentir desamparada, como se inserida em um estado de tristeza 24 horas por dia. Se não procurar ajuda, eventualmente, essa mãe começa a perder a capacidade de desfrutar a vida, deixando de desfrutar de momentos maravilhosos com a família.
Pensamentos que revelam o esgotamento:
1 – Eu não tenho vontade de sair da cama, estou mais cansada que na noite passada.
2 – Não tenho vontade de fazer nada.
3 – Eu tenho que fazer mil coisas, mas não posso mais, não tenho vontade nem de tomar banho.
4 – Eu estou no piloto automático, nada importa.
5 – Eu sou sempre aquela que tem que fazer tudo.
6 – Ninguém me ajuda e eu não tenho força para continuar.
7 – Sou até capaz de dormir de pé.
8 – Você está chorando de novo? Eu não quero sair do sofá.
9 – Parece que todo mundo está feliz, menos eu.
10 -Se eu fico tão cansada é porque não sou uma boa mãe.
11 – Sem café, eu não posso trabalhar.
12 – Hoje à noite eu gostaria de ir para a cama cedo, mas eu sei que é impossível.
13 – Eu tenho que encontrar algum tempo para um cochilo, mesmo que seja por apenas 5 minutos.
14 – E se eu deixar meus filhos com a TV ligada enquanto eu descansar?
15 – Não me lembro de como é estar tranquila.
16 – Eu não quero levantar novamente de madrugada, eu não tenho força para mais.
17 – Eu sou um zumbi.
18 – Eu não sou capaz de fazer as coisas direito.
19 – Eu não sirvo para nada.
20 – Qualquer mãe é melhor do que eu.
21 – Eu me sinto absorvida, escravizada, sem liberdade.
22 – Eu sinto que esta vida não é para mim.
23 – Eu amo meus filhos e meu parceiro, mas eu estou com raiva o tempo todo deles.
24 – Eu quero ser feliz, mas algo dentro de mim me impede.
25 – Eu só quero ser boa, mas eu não consigo.
Se pensa desta forma, deve lembrar que não precisa ser uma mãe perfeita para que tudo dê certo. A perfeição é um conceito subjetivo. A prioridade é ser feliz. Com virtudes e defeitos, você, feliz, será perfeita para seus entes queridos.
Por l i g h t p o e t / via Shutterstock
Texto inicialmente publicado no site Etapa Infantil, traduzido e livremente adaptado pela Equipe Pazes.